Porto Velho, RO - A Polícia Federal (PF), com apoio das Forças Armadas, destruiu 69 dragas, mais de 30 balsas, prendeu um garimpeiro e apreendeu ouro em operação contra o garimpo ilegal, neste sábado (27), no Rio Madeira, na Amazônia.
Duas lanchas rápidas da PF saíram na frente do comboio para evitar uma eventual debandada dos garimpeiros.
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou nesta quarta-feira (24) “repressão emergencial” e desarticulação do garimpo ilegal de ouro no rio Madeira e afluente, na cidade de Autazes.
A recomendação do MPF pedia que órgãos e autarquias federais e estaduais atuassem de forma integrada para desmobilizar o garimpo ilegal. Foi estipulado um prazo de 30 dias para tomadas de medidas.
Dessa maneira, o MPF cobrou providências do Exército, por meio do Comando Militar da Amazônia; da Superintendência da Polícia Federal no Amazonas; da Agência Fluvial de Itacoatiara, unidade da Marinha encarregada do rio Madeira; do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), da presidência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e da superintendência da Agência Nacional da Mineração (ANM) no Amazonas.
De acordo com o portal A Crítica, as embarcações estavam descendo o rio atrás de ouro há pelo menos duas semanas e nesta terça-feira (23) chegaram a Autazes, penúltima cidade antes da foz do rio, que deságua no Amazonas.
Segundo denúncias de ativistas, são 600 balsas que, neste momento estão destruindo o Rio Madeira.
Elvino Bohn Gass (RS), líder do PT na Câmara, e os deputados Nilto Tatto (PT-SP) e Alencar Santana Braga (PT-SP) protocolaram representação na Procuradoria Regional da República do Distrito Federal contra o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, pelo avanço de mais de 300 balsas de garimpo ilegal no rio Madeira.
“O que se vê acontecendo hoje no rio Madeira é um fato extremamente preocupante. O garimpo ilegal é causador de danos irreparáveis, que não pode admitir a omissão por parte dos órgãos responsáveis ou quaisquer entidades envolvidas”, afirmam os deputados.
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