Sedam e Órgãos Ambientais devem explicar peixes mortos boiando no Rio Branco em Alta Floresta D'Oeste; Vídeo

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Sedam e Órgãos Ambientais devem explicar peixes mortos boiando no Rio Branco em Alta Floresta D'Oeste; Vídeo


O site Alta Floresta Notícias recebeu uma denúncia através da ONG Aruana, dando conta que no Rio Branco no Município de Alta Floresta D’Oeste, especialmente no trecho que compreende as Aldeias Indígenas, está acontecendo uma grande mortandade de peixes.

Fomos em busca de algumas informações, e dentre elas, falamos com o Vereador Dalto Tupari, que nesse momento se encontra vereador no município, e muito preocupado com a causa ambiental. O que pudemos constatar, é que esse fato aconteceu a partir do último sábado, 20 de novembro, quando foram constatadas as primeiras espécies mortas e boiando rio abaixo.

Esse fenômeno, se é que podemos chamar assim, foi detectado num local que vai da Aldeia Colorado até a Aldeia Palhal, passando pela Morada Nova e Barranco Alto. Várias espécies foram encontradas boiando, dentre elas o pintado, pirara, arraia, traíra, tucunaré, e outros, que somados já chegam aproximadamente de 5 a 6 toneladas de peixes mortos. Por se tratar de uma área indígena o Ministério Público Federal e a FUNAI já foi informado.

O que está causando a mortandade desses peixes ainda não se pode precisar, mas é necessário que a Sedan e os demais órgãos ambientais dêem uma explicação o mais rápido possível, e que cesse esse crime ambiental. Importante ressaltar que nessa época do ano está em vigor a portaria de defeso assinada pela Sedan e que proíbe a pesca de algumas espécies. Essa portaria acaba atingindo apenas os pescadores que na maioria das vezes são pescadores artesanais amadores, e tem essa arte apenas como esporte e que não atingem e nem depredam 10% do que estamos vendo agora.

Não queremos aqui apontar culpados, mas sabemos que nessa época do ano chove muito e a enxurrada acaba levando todo tipo de defensivos que são usados nas lavouras para os leitos dos rios. Sabemos também que recentemente, em julho de 2021, a Agência Brasil, através da Repórter Camila Boehm, publicou um estudo em que nos últimos 10 (dez) anos houve 251 eventos de mortandade de peixes de água doce relacionadas a operação de usinas hidroelétricas, isso entre 2010 e 2020.

Um determinado trecho mostra que “Os resultados do estudo apontam que a abertura das comportas para liberar água do reservatório, seja para regular a vazão do rio ou para facilitar o funcionamento das turbinas com a remoção de plantas aquáticas, por exemplo, é uma das principais atividades relacionadas aos eventos de mortandade de peixes”. Cabe agora aos órgãos ambientais descobrirem qual a causa da mortandade dos peixes do Rio Branco, e levar ao conhecimento da população, principalmente a comunidade indígena que é a mais ofendida.


Fonte: Alta Floresta Notícias
Foto: Alta Floresta Notícias

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