Rede de esgoto não atende à demanda atual da capital, pois foi construída no período de fundação
Publicada em 22/04/2022 às 08h14
Provavelmente a preocupação com o futuro político, após ser reeleito prefeito de Porto Velho prejudicou a boa administração de Hildon Chaves (PSDB). Eleito em 2016 sem nunca ter participado de um processo político-eleitoral, Hildon conseguiu ajustar o município e realizar obras importantes na cidade, na área rural e garantiu mais 4 anos de mandato, mesmo sendo reeleito em segundo turno.
Há tempos não tínhamos um inverno (chuvas) tão rigoroso, inclusive se prolongando. Já estamos caminhando para o final de abril e continua chovendo com intensidade na região Norte. E Porto Velho, uma capital onde temos somente cerca de 3% de rede de esgoto, construída, ainda, pelos ingleses na formação da cidade os problemas se acumulam. E com o agravante de a “estação de tratamento” ser o rio Madeira, que banha a cidade.
Outro problema sério é a falta de colaboração de boa parte da população. A rede de galeria pluvial é insuficiente para atender a demanda da cidade e o excesso de lixo nas ruas provocam inundações constantes, como a dessa semana no bairro Areal, região central da cidade, onde um veículo foi levado pela enxurrada em razão de bueiro entupido e com uma criança perdendo a vida, porque não conseguiu sair. Triste.
É importante lembrar, que o governo federal, em passado recente tinha liberado mais de R$ 600 milhões para saneamento básico em Porto Velho, que ficou disponibilizados durante anos na Caixa Econômica Federal, que foram devolvidos, por falta de projeto. Um absurdo.
O prefeito Hildon Chaves, que não precisa mais se preocupar com reeleição e tem mais quase três anos de mandato e deve priorizar o saneamento básico, investir com dedicação e competência um projeto como do ex-deputado federal Oscar Andrade, que foi candidato a prefeito de Porto Velho em 2994 viável e identificado com a realidade da capital de Rondônia. Oscar não se elegeu, mais projeto idêntico desenvolvido com uma empresa particular foi desenvolvido em Belo Horizonte e hoje a capital mineira tem 100% de saneamento básico e água tratada.
Outro problema sério é o tapa-buracos, que já foi muito eficiente, pois se evita, no futuro, a deterioração total da pavimentação como ocorre atualmente. O trabalho de tapa-buracos é necessário, mas deve ser executado no início e não, após o buraco ficar enorme como já temos em inúmeras ruas e avenidas nos bairros e no centro comprometendo todo o pavimento. E o que mais intriga é que o tapa-buracos executado recentemente prioriza os grandes, e os pequenos são ignorados. Ocorre que devido às fortes chuvas rapidamente eles se transformam em crateras. Por que priorizar somente os buracos grandes?
A frase de Hildon na campanha do primeiro mandato “Porto Velho deixa eu cuidar de você” deve ser aplicada em todo o seu teor. A capital continua carente de ajuda, apoio, ousadia e competência, que Hildon já demonstrou que tem e, ajustando a sua equipe conseguirá realizar nos anos restantes o sonho de a maioria do povo portovelhense, que é uma capital limpa, reluzente, progressista e priorizando o saneamento básico, garantia de vida saudável.
É importante destacar que não se tem somente problemas, pois os trabalhos de recapeamento executado em várias ruas e avenidas nos últimos anos são de qualidade. Mesmo os em parcerias com o governo do Estado dentro do programa “Tchau Poeira” desenvolvido em todo o Estado pelo governo de marcos Rocha (União Brasil).
O prefeito Hildon Chaves deve reunir sua equipe de frente e colocar como condição “sine qua non” investir em saneamento básico, que seguramente é o maior problema dos moradores de Porto Velho. É uma obra que fica “enterrada”, mas de enorme valor social.
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