Amazônia Legal tem 900 km² sob alerta de desmatamento em maio; área é a segunda maior desde 2016

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Amazônia Legal tem 900 km² sob alerta de desmatamento em maio; área é a segunda maior desde 2016


Amazonas liderou área sob desmate, com quase um terço do total nacional. Recorde de área para maio foi visto no ano passado, quando 1.390 km² ficaram sob alerta.

PORTO VELHO, RO - A Amazônia Legal teve 900 km² de área sob alerta de desmatamento em maio, aponta o sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número é o segundo maior para o mês em seis anos – atrás apenas de 2021.

O Amazonas foi o estado que mais desmatou, com quase um terço do total nacional (veja detalhes mais abaixo).


Área sob alerta de desmate na Amazônia Legal em maio (2016-22)
em km²4084083633635505507397398348341.3901.390900900maio/16maio/17maio/18maio/19maio/20maio/21maio/220250500750100012501500
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Fonte: Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter)/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)


A Amazônia Legal corresponde a 59% do território brasileiro e engloba a área de 8 estados (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e parte do Maranhão.


O Deter produz sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que 3 hectares (0,03 km²), tanto para áreas totalmente desmatadas como para aquelas em processo de degradação florestal (exploração de madeira, mineração, queimadas e outras). O sistema não é o dado oficial de desmatamento, mas alerta sobre onde o problema está acontecendo.

A medição oficial do desmatamento, feita pelo sistema Prodes, costuma superar os alertas sinalizados pelo Deter. Na temporada 2020-2021 – período que engloba agosto de 2020 a julho de 2021 –, foram 13 mil km² de área sob alerta de desmatamento, maior número desde 2006.

A medição do desmatamento no Brasil considera sempre a temporada de agosto de um ano a julho do ano seguinte, por causa das variações no clima. Com essa divisão do tempo, pesquisadores conseguem levar em conta o ciclo completo de chuva e seca na Amazônia, analisando como o desmatamento e as queimadas no bioma oscilaram dentro dos mesmos parâmetros climáticos.

A floresta também já havia registrado o número mais alto de incêndios para maio desde 2004. O mês não costuma ser um dos que mais registram incêndios florestais; o pico normalmente ocorre em agosto e setembro, no meio da estação seca.

Os estados que mais desmataram



Queimada em área desmatada em Novo Progresso, no Pará, em agosto de 2020 — Foto: CARL DE SOUZA / AFP

No mês passado, o Amazonas ultrapassou o Pará – geralmente o campeão em desmatamento – em área sob alerta de desmate na Amazônia Legal: foram 298 km² do território amazonense com alertas, quase um terço do total para o mês, contra 272 km² em solo paraense.

Rondônia registrou 149 km² sob alerta de desmate em maio – área 2km² maior do que a que ficou sob alerta em Mato Grosso, que registrou 147 km². O território mato-grossense, entretanto, é quase quatro vezes maior do que o rondoniense.

O Acre registrou 28 km² sob alerta; o Maranhão, 5 km²; Roraima e o Tocantins, 1 km² cada. O Amapá não registrou áreas sob alerta de desmatamento.

Considerado o acumulado desde agosto passado até maio, o Pará tem a maior área sob alerta, com 2.185 km². O Amazonas aparece em segundo lugar, com 1.399 km²; Mato Grosso vem em terceiro, com 1.100 km²; e, em quarto, está Rondônia, com 870 km².


Fonte: G1/RO

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