Segurança de hidrelétrica que atirou contra suspeito de furto diz que foi a primeira vez que levou arma ao trabalho em RO

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Segurança de hidrelétrica que atirou contra suspeito de furto diz que foi a primeira vez que levou arma ao trabalho em RO


Em nota, a hidrelétrica disse que solicitou ao funcionário, que presta serviços por meio de uma empresa terceirizada, que fique afastado até o fim das investigações.

Porto Velho, RO - Um funcionário de uma empresa que presta serviços de segurança à Usina Hidrelétrica (UHE) Santo Antônio recebeu voz de prisão após atirar contra um suspeito de furto dentro da UHE. À polícia o funcionário disse que geralmente não trabalha armado e que foi a primeira vez que havia levado a arma para o emprego. A ocorrência foi registrada na noite de segunda-feira (27).

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar (PM), foi acionada para atender um chamado de tentativa de furto com disparo de arma de fogo dentro da Hidrelétrica de Santo Antônio, na margem esquerda do rio Madeira.

No local o segurança disse aos agentes que recebeu a informação que haviam dois suspeitos em determinado ponto dentro da empresa que tentavam furtar os fios de alta tensão. Ele e um colega de trabalho se deslocaram até a área.

Dois homens em uma motocicleta foram flagrados pelos funcionários, momento em que deram a voz de parada. Um dos suspeitos, segundo a declaração descrita no boletim, estava com uma barra de ferro e "partiu para cima do funcionário" que sacou a arma, uma Taurus G2C 9mm, e atirou três vezes contra o suspeito. O comparsa deste, se assustou com os tiros e fugiu correndo pelo matagal.

O funcionário disse que ao ver o suspeito no chão e alvejado, entrou em contato com a PM pelo 190 e também com a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O suspeito foi atendido pela equipe médica e encaminhado ao Hospital João Paulo II. Ele não recebeu voz de prisão no local.

Após ouvir o funcionário, a PM fez buscas pelo segundo suspeito, que havia fugido do local, mas este não foi encontrado. A motocicleta, supostamente usada pelos suspeitos, foi apreendida e três cápsulas deflagradas no momento dos disparos foram encontradas e entregues à Polícia Civil. A arma do funcionário, com munições e o carregador foram apreendidos.

O funcionário recebeu voz de prisão por tentativa de homicídio. Ele foi apresentado na Central de Flagrantes.

Na delegacia

O funcionário foi ouvido pelo delegado de plantão. Ele disse que havia sido a primeira vez que tinha levado a arma para o trabalho. O homem também explicou que atirou após ter dado voz de parada aos dois suspeitos, sendo que um estava com um barra de ferro.

Sobre a arma, o funcionário disse que é dele e que possui a documentação de posse de arma de fogo de uso restrito e pontuou que, trabalha desarmado, pois não é permitido trabalhar armado no local.

Após ouvir o funcionário, o delegado levou em conta que ele "utilizou dos meios necessários que tinha a seu dispor para repelir a injusta agressão atual e eminente". Mas que "ao portar arma de fogo sem autorização ou em desconformidade com determinação legal ou regulamentar, o conduzido incidiu no crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido", disse.

Por conta da pena ser menor a quatro anos foi arbitrada uma multa de R$ 1,2 mil e liberado após o pagamento.

Sobre o suspeito que havia sido levado ao Hospital João Paulo II, o delegado deu a voz de prisão pelo crime de roubo impróprio, não alcançando a consumação do delito de furto devido à intervenção da vítima.

O que diz a Santo Antônio Energia?

Em nota a UHE Santo Antônio informou que solicitou ao funcionário que fique afastado até o fim das investigações (confira abaixo a nota na íntegra).

"Santo Antônio Energia está ciente e acompanhando as investigações relacionadas ao incidente que aconteceu em área proibida para circulação de pessoas externas, na margem esquerda da hidrelétrica, envolvendo equipe de vigilância patrimonial contratada. A empresa está colaborando com todas as informações necessárias para a investigação policial e informa que solicitou que o profissional terceirizado envolvido na ocorrência fique afastado até o fim das investigações".

Fonte: G1/RO

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