Traficante internacional de drogas, ex-policial Major Carvalho é preso na Hungria

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Traficante internacional de drogas, ex-policial Major Carvalho é preso na Hungria


Brasileiro foi encontrado durante operação conjunta das polícias da Hungria, de Portugal, da Europol e do Brasil

PORTO VELHO, RO - O traficante internacional de drogas, procurado pela Interpol, Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como Major Carvalho, foi preso nesta terça-feira (21) em Budapeste, na Hungria. Segundo informações apuradas pelo Núcleo de Jornalismo Investigativo da RecordTV com autoridades internacionais e verificadas com a Polícia Federal brasileira, o traficante, também chamado de "Escobar brasileiro", utilizava uma identidade falsa do México e foi detido ao sair de um hotel. Ainda não há informações se ele ficará preso na Eurioa ou se será extraditado para o Brasil.

A prisão ocorreu com o apoio de equipes da Polícia Judiciária de Portugal, que procurava Carvalho desde novembro de 2020, depois que ele conseguiu fugir de uma operação simultânea realizada pela Polícia Federal brasileira e pela polícia de Portugal.

Na época, os policiais de Portugal encontraram uma van com 12 milhões de euros deixada para trás por Carvalho durante uma fuga que teria envolvido até a compra de uma empresa de táxi aéreo.

Quando Major Carvalho fugiu de Portugal, em novembro de 2020, usando um jatinho de uma pequena empresa de táxi aéreo em Cascais, ele foi para a Ucrânia, entrando no país como cidadão russo. Agora ele era Igor Kuzmenko Vanovich, nascido em 20 de fevereiro de 1968.




De lá o traficante brasileiro teria circulado por países do Leste Europeu, inclusive com uma passagem pela Turquia, onde autoridades afirmam que ele mantinha negócios.

Investigações mostram que Major Carvalho era um dos responsáveis por 1 tonelada de drogas que estava em um jato de bandeira turco apreendido em Fortaleza em agosto de 2021.

Durante as investigações da Polícia Federal brasileira, também foi identificado que Major Carvalho utilizava uma estrutura complexa de empresas de fachada para operar seus negócios ílicitos. Uma delas seria uma empresa de comércio exterior registrada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Uma das pessoas apontadas como responsável por suas operações financeiras era também sua companheira, Olivia Christina de Paula Traven, de 44 anos. A mansão onde ele vivia em Malága, na Espanha, teria sido comprado pela mulher, que ainda é procurada pela polícia e recorre dos pedidos de prisão contra ela no Brasil.

Carvalho chefiava uma organização que enviava drogas pelos portos brasileiros para traficantes europeus, usando principalmente a estrutura dos portos de Paranaguá, no Brasil, e de Antuérpia, na Bélgica. Na época, o grupo dele já havia movimentado mais de R$ 1 bilhão de reais e enviado mais de 50 toneladas de cocaína para a Europa.

Major Carvalho é um ex-policial militar de Mato Grosso do Sul que se tornou o maior narcotraficante independente do Brasil e um dos homens mais procurados do mundo, segundo a polícia. Ele ficou conhecido como Escobar brasileiro, em referência ao famoso bandido colombiano.

A fuga do criminoso do Brasil envolveu duas farsas. A primeira diz respeito à identidade do ex-policial, que dizia ser Paul Wouter, natural do Suriname. A segunda se refere à morte de Paul Wouter, com atestado de óbito assinado pelo médico Pedro Martin. O Domingo Espetacular foi até a Espanha e contou detalhes da história.

Carvalho já havia sido preso na Espanha, em Málaga, como traficante responsável por uma embarcação cheia de cocaína apreendida na Galícia. Na época, ele utilizava a identidade falsa de Paul Wouter. O criminoso conseguiu ficar em liberdade provisória e simulou sua morte usando um atestado assinado por um médico esteticista de Málaga.


Fonte: R7

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