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Com ares de golpe, criptomoeda promovida por Milei colapsa e deixa rastro de prejuízos

O presidente argentino recuou, alegando que não conhecia os ‘pormenores’ do projeto; oposição vê esquema e quer investigação


O presidente da Argentina, Javier Milei. Foto: AFP

Porto Velho, RO - Na noite de sexta-feira 14, o presidente argentino Javier Milei surpreendeu ao promover em suas redes sociais a criptomoeda Libra, alegando tratar-se de um projeto para financiar pequenas empresas. O anúncio fez com que o valor do ativo disparasse em poucos minutos, chegando a quase 5 dólares. Em poucas horas, contudo, a moeda despencou para menos de 50 centavos de dólar, deixando um rastro de prejuízos.

Diante do colapso, Milei apagou a publicação e tentou se desvincular do episódio, alegando que não conhecia os “pormenores” do projeto. No entanto, Julian Kip, CEO da empresa responsável pela Libra, havia sido recebido por Milei na Casa Rosada em outubro do ano passado, o que levanta dúvidas sobre o real nível de envolvimento do presidente na empreitada.

Milei apagou a publicação e tentou se desvincular do episódio, alegando que não conhecia os ‘pormenores’ do projeto


Segundo publicações especializadas em criptomoeadas, insiders podem ter lucrado até 60 milhões de dólares com a movimentação, já que 80% dos tokens estavam concentrados em apenas cinco carteiras, uma dinâmica típica de golpes financeiros conhecidos como “pump and dump”.

A Libra é uma memecoin, criptomoeda sem lastro na economia real, cuja valorização depende da adesão momentânea de investidores desavisados. O episódio remete a casos semelhantes, como o lançamento de uma criptomoeda associada ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que chegou a atingir 6 bilhões de dólares em capitalização em janeiro.

A oposição argentina reagiu com indignação ao caso. O deputado Esteban Paulon anunciou que apresentará um pedido de impeachment, acusando Milei de envolvimento direto em um esquema fraudulento e o apelidando de “Javo Ponzi”. Outros parlamentares exigiram que o chefe de gabinete do governo, Guillermo Francos, compareça ao Congresso para esclarecer o papel do presidente na iniciativa.

Fonte: Carta Capital

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