Porto Velho confirma morte por meningite bacteriana em 2025 e alerta para vacinação

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Porto Velho confirma morte por meningite bacteriana em 2025 e alerta para vacinação

      Vacina meningite — Foto: Arquivo/Agência Brasil


Porto Velho, Rondônia - Uma criança faleceu em Porto Velho (RO) após ser diagnosticada com meningite bacteriana no ano de 2025. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), que também divulgou que este é o sexto caso registrado da doença apenas neste ano na capital rondoniense. O caso acendeu um alerta nas autoridades de saúde para a necessidade de intensificação da vacinação e da vigilância epidemiológica, especialmente entre crianças e adolescentes.

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser provocada por agentes virais, bacterianos ou fúngicos, sendo a forma bacteriana a mais grave e com maior potencial de letalidade. Conforme especialistas, os principais sintomas da doença incluem febre alta, dor de cabeça intensa, rigidez na nuca, náuseas, vômitos e, em casos avançados, confusão mental e convulsões. Diante de qualquer suspeita, é essencial buscar atendimento médico imediato.

Segundo a Semusa, a transmissão da meningite bacteriana ocorre por meio de gotículas de saliva eliminadas durante a fala, tosse ou espirro, sendo mais comum em ambientes fechados ou com grande aglomeração, como escolas, creches e residências com ventilação inadequada. O diagnóstico clínico deve ser realizado por profissionais de saúde, a partir da observação dos sintomas e de exames específicos, como a coleta do líquor — líquido que circula pelo sistema nervoso central.

Entre os principais agentes etiológicos da meningite bacteriana estão as bactérias Neisseria meningitidis (meningococo), Streptococcus pneumoniae (pneumococo) e Haemophilus influenzae tipo b (Hib). A faixa etária mais afetada é a de crianças entre três meses e cinco anos, além de adolescentes de até 18 anos.

Vacinação é a principal forma de prevenção

A principal medida de prevenção contra os tipos mais severos de meningite segue sendo a vacinação. De acordo com dados da Semusa, a cobertura vacinal contra a meningite meningocócica do tipo C alcançou 100% no primeiro semestre de 2024. Entretanto, o índice sofreu uma queda ao longo do ano, fechando em 95%. Embora o número ainda esteja dentro da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, especialistas alertam para a importância de manter os níveis de vacinação elevados de forma contínua, garantindo a proteção coletiva, especialmente para os grupos mais vulneráveis.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente as principais vacinas que atuam na prevenção da meningite bacteriana, incluindo:

Vacina Meningocócica C ou ACWY, que protege contra os sorogrupos A, C, W e Y;
Vacina Pneumocócica 10-valente, eficaz contra dez sorotipos de pneumococo;

Vacina Pentavalente, que inclui proteção contra o Haemophilus influenzae tipo b (Hib).

    Desde a atualização do calendário nacional de vacinação, o reforço da vacina meningocócica, administrado aos 12 meses de idade, passou a utilizar a versão ACWY, ampliando a cobertura contra mais sorogrupos. Além disso, adolescentes entre 11 e 14 anos devem receber uma dose única da mesma vacina, conforme recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

    Alerta e orientação

    A Semusa reforça que, diante de sintomas compatíveis com meningite, o paciente deve ser imediatamente encaminhado à unidade de saúde mais próxima para avaliação médica. A notificação precoce e o tratamento imediato são fundamentais para reduzir complicações e evitar surtos em ambientes escolares e familiares.

    A população também é orientada a manter os cartões de vacina atualizados e a buscar as doses nos postos de saúde. Em caso de dúvidas, é possível consultar o calendário vacinal e as unidades disponíveis por meio dos canais oficiais da Secretaria Municipal de Saúde ou do aplicativo Conecte SUS

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