Coreia do Norte dispara contra fronteira e ameaça EUA

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Coreia do Norte dispara contra fronteira e ameaça EUA


Em meio a exercícios com bombardeiro nuclear americano, Kim eleva tensão na península

Porto Velho, RO - A Coreia do Norte voltou a elevar a tensão na península dividida entre a ditadura comunista e a democracia capitalista do Sul ao ameaçar os EUA por exercícios conjuntos de natureza nuclear com Seul.

Para dar peso à retórica usual, Pyongyang fez 30 disparos de artilharia contra regiões fronteiriças no sul de seu território. Enquanto isso, a irmã do ditador Kim Jong-un, Kim Yo-jong, disse que qualquer tentativa americana ou sul-coreana de interceptar mísseis balísticos do Norte será uma "declaração de guerra".

Bombardeiro estratégico B-52 americano é escoltado por dois caças F-15 (acima) e dois F-16 (abaixo) coreanos durante exercício conjunto na segunda (6)Bombardeiro estratégico B-52 americano é escoltado por dois caças F-15 (acima) e dois F-16 (abaixo) coreanos durante exercício conjunto na segunda (6)

Em relação a Seul, não é preciso ir tão longe, dado que a Guerra da Coreia (1950-1953) acabou num armistício, mas nunca houve um tratado de paz. Tecnicamente, ambos os países estão em conflito. Mas o alvo norte-coreano são os Estados Unidos, maior potência nuclear do mundo.

Para asseverar essa condição e a promessa de manter os sul-coreanos protegidos, Washington promoveu o sobrevoo de um bombardeiro estratégico B-52, escoltado por caças de Seul, próximo da Coreia do Norte.

O B-52 é um dos aviões dos EUA com capacidade de emprego de armas nucleares. Ambos os países também farão dez dias de exercícios militares, o que a agência estatal norte-coreana KCNA disse ser a causa da tensão atual. Os EUA e seus aliados nunca derrubaram um míssil norte-coreano em teste, mas a possibilidade tem sido cada vez mais discutida devido ao recrudescimento do ensaio dessas armas por Pyongyang, que tem um pequeno arsenal de bombas atômicas e de hidrogênio.

Coreia do Norte diz que mísseis são parte de treinamento tático nuclear

Coreia do Norte diz que mísseis são parte de treinamento tático nuclearCoreia do Norte diz que mísseis são parte de treinamento tático nuclear

O Japão é o país mais preocupado, já que os recentes testes sobrevoaram seu território. "O Oceano Pacífico não pertence ao domínio dos EUA ou do Japão", afirmou Kim, a irmã, segundo a agência.

Enquanto os norte-coreanos disparavam peças de artilharia, pilotos americanos e sul-coreanos ensaiavam reação rápida a ameaças perto de Seul. Os EUA mantêm 28,5 mil soldados no país aliado.

A tensão é tão grande que mesmo Tóquio e Seul, adversários históricos, têm se reaproximado, com iniciativas para tentar remendar rusgas do passado colonialista japonês na região. Os nipônicos, por sua vez, abandonaram o pacifismo do pós-guerra e têm abraçado uma agenda militarista contra a China, expressa também por sua participação no grupo Quad, com EUA, Austrália e Índia.

O cenário é complexo. Pyongyang é apoiada por Moscou e Pequim, assim como no século passado, e a aliança russo-chinesa está no centro das queixas americanas recentes devido à Guerra da Ucrânia. Washington acusa a China de planejar até enviar armas para Vladimir Putin, o que ambos os lados negam, em mais uma etapa da Guerra Fria 2.0 entre as duas maiores economias do mundo.

Fonte: Folha de São Paulo

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